terça-feira, 31 de agosto de 2010

"Minha garrafa, minha vida!"

Sabe aquelas garrafas de cerveja ou refrigerante que normalmente não ganham um destino certo e acabam poluindo o meio-ambiente?
Então, pensando nisso que a ONG EcoTec, localizada em Honduras elaborou um interessantíssimo projeto, o de construir casas utilizando garrafas descartadas.

Aos poucos a idéia foi se propagando e hoje já existem diversas edificações com vedações em garrafas PET e também de vidro, como garrafas de cerveja e vinho.

As fotos a seguir são de uma casa em Warnes, na Bolívia. "A organização comandada pelo alemão Andreas Froese além de construir obras de moradia e infra-estrutura, faz um trabalho de capacitação nas comunidades onde atua." Ao que parece, a estrutura é autônoma convencional de concreto e as instalações passam pelo reboco. Esquadrias comumente aplicadas, assim como os revestimentos. Uma iniciativa bacana, que deveria ser utilizada com mais frequência.




















A iniciativa é inovadora, mas a técnica já é antiga e dominada em várias partes do mundo. Abaixo uma casa na Sérvia também construída de garrafas plásticas e uma casa americana construída em 1905, usando 51 mil garrafas de cerveja (de vidro).


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Encontro REMEA

No último dia 10 foi realizado mais um encontro da REMEA. Este se realizou novamente na sede da Igreja São Paulo em função de ainda não haver energia elétrica na sede da Remea.
Conforme havia sido combinado no mês de julho, o encontro do mês de agosto seria destinado à discussão do texto: “Pedagogia da Terra: Ecopedagogia e educação sustentável”.

Além disso, sentiu-se a necessidade de conhecer melhor a área do entorno da sede, a comunidade na qual a Remea está inserida, fisicamente, pode-se assim dizer. Para tal, a Professora Drª Eliane Foleto, do Departamento de Geociências da UFSM apresentou um pouco da história do lugar, desde o Parque da Montanha Russa até a situação atual da Barragem do DNOS. Apresentou também alguns resultados obtidos nas pesquisas dos estudantes do curso de Geografia-UFSM, disciplina de Planejamento Ambiental, 2º sem. 2009, que aplicaram questionários socioeconômicos nas comunidades Pércio Reis, Burgüer e Nossa Srª Aparecida.

Com relação a história do Parque da Montanha Russa, ressalta-se que em 1909 o imigrante italiano, Wenceslau Sfoggia, o idealizou, realizando assim seu maior sonho, construir a mais formosa área de lazer da Boca do Monte, a leste do Bairro Itararé.



O parque era composto basicamente de um bosque com um lago artificial de cerca de 100m de comprimento por 60 de largura, com pequenas ilhas, dotadas de mesinhas e bancos, chamadas de “Quiosque dos Namorados”.



“..., o caminho de acesso a Montanha Russa , era talvez o maior encanto. Uma picada larga na mata espessa, com algumas clareiras de lagos naturais, a passagem pelo vacacaí-mirim, com sua pontesinha rústica. Só aquela travessia em plena floresta, dilatava os pulmões e renovava a vida.”

“Pois bem, da ponte seca ao vacacaí-mirim, tudo aquilo me pertence. Doei o mato a prefeitura para conservá-lo como Parque Público, mas não houve nenhuma manifestação de interesse. Mãos criminosas estão destroçando tudo, estou velho e resolvi não mais me incomodar. Quero vender tudo aquilo.” Relatos extraídos do livro “Santa Maria: relatos e impressões de viagem.” de José Newton Marchiori e Valter Noal Filho, publicados no Jornal A Razão 08/06/2007.

Afonsinha de Moraes proprietária da área marcara um prazo para execução da obra. Na época do centenário a cidade fora contaminada de um entusiasmo quase doentio. Seria o Parque Centenário. Decorreram anos sem que a Prefeitura demonstrasse interesse. Mãos desnaturados começaram a invadir e derrubar aquelas árvores sagradas.

Em 1961 foi concluído o projeto da barragem e em 1968 a Prefeitura desapropriou a área. Quatro anos depois o local estava inundado palas águas da Barragem do DNOS.
“Quando eu fui a Montanha Russa pela primeira vez fiquei tonto. Aquilo era um mundo, para mim, irreal. Aquela multidão de gente. Aquelas madames, aquelas mulheres todas com vestido comprido. Todas de chapéu como recomendava a moda... Eu ficava besta olhando aquilo tudo.” relembra Antônio Isaia, 88 anos, que freqüentava o lugar ajudando seu pai, o fotógrafo Salvador Isaia. A Razão 08/06/2007



Através deste resgate histórico e de algumas discussões percebidas e vividas na comunidade, é possível afirmar que o grupo de professores sente-se um pouco mais a vontade e confiante para dialogar com a comunidade local e convidá-la para participar da REMEA.

Atividades envolvendo as comunidades próximas já estão sendo pensadas e articuladas pelo grupo, tendo em vista principalmente a necessidade de parceria e trabalho coletivo com os moradores, prática essencial para o desenvolvimento de ações ambientais efetivas.

O grupo está se organizando também para o desfile de 7 de setembro, no qual a REMEA será apresentada como um projeto da Secretaria de Município de Educação e as escolas integrantes da rede demonstrarão suas atividades/projetos.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

E. M. Bernardino Fernandes

SEMANA DO MEIO AMBIENTE – ESCOLA MUNICIPAL BERNARDINO FERNANDES

REPENSANDO O LUGAR ONDE VIVEMOS

A escola trabalhou a Semana do Meio Ambiente com ajuda das professoras Sandra(Ciências), Cleone (Geografia)e o estagiário Everton que traballhou com o 8º ano, desenvolvendo uma palestra sobre a Preservação do Meio Ambiente.
Este foi um trabalho interdisciplinar.
As atividades foram:

- Apresentações de maquetes;
- Leitura de redações;
- Apresentações de cartazes;
- Elaboração e exposição do trabalho de agrotóxicos;
- Apresentação de casinhas de passarinho;

Convidados especiais falaram sobre água e agrotóxicos, temas escolhidos pelos alunos;
As atividades desenvolvidas contribuiram na conscientização de que devemos proteger o meio ambiente, afirmam os professores.

Para finalizar as atividades ocorreu uma grande mesa de debates que contou com a participação dos alunos, professores e convidados da comunidade que também vieram expor sua opinião sobre os problemas enfrentados na localidade: Sidônia Santini, Rosane Fernandes e Ironi Cevero.

Esperamos que o trabalho renda frutos significativos e ações práticas.

O meio agradecerá!!

(texto encaminhado para a REMEA pelo professor Artur Giovani da Silva Alves)

sábado, 24 de julho de 2010

Escola Pão dos Pobres

III Seminário de Educação Ambiental: da teoria à prática

Nos dias 22 e 23 de julho, estudantes do 9º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental “Pão dos Pobres Santo Antônio”, sob a orientação das professoras Medianeira Garcia e Núbia Witt, realizaram o III Seminário de Educação Ambiental: da teoria à prática. Além de contar com a presença do Secretário de Município de Proteção Ambiental, do Profº Drº Adriano Severo Figueiró, da UFSM e do Batalhão Ambiental, o seminário envolveu apresentações artísticas dos estudantes das séries iniciais e principalmente, a apresentação das pesquisas realizadas pelos estudantes do 9º ano. Tais pesquisas envolveram várias temáticas relacionadas à educação ambiental e à melhoria da qualidade de vida, como:

- Mudanças Climáticas: Não era problema seu? Agora é!
- Energias: em foco a energia solar
- Destino do lixo: em foco Santa Maria
- Vida para o Arroio Cadena
- Animais bem tratados
- Analfabetismo Funcional
- Barulho de mais: saúde de menos
- Adolescência saudável

Apresentação dos estudantes sobre o tema: Vida para o Arroio Cadena



Palestra com o tema "Experiências de Educação Ambiental no âmbito escolar: projetos e transformação social"


De acordo com as coordenadoras, os temas são escolhidos pelos estudantes, estimulados por sua curiosidade e criatividade em pesquisar e apresentar os mais variados assuntos. O sucesso do Seminário pôde ser percebido pela quantidade de estudantes que presenciaram as apresentações. Com o auditório da escola lotado, além de demonstrar e explanar sobre o tema escolhido e compartilhar o conhecimento adquirido, os estudantes eram desafiados a falar em público, perante seus colegas do 8º ano e visitantes de outras escolas e instituições. Além destas, outras aprendizagens puderam ser observadas nesse processo, como por exemplo, o trabalho em grupo/coletivo, a seleção do conteúdo pesquisado para montagem da apresentação e, principalmente, a compreensão de que a educação ambiental vai além das relações diretas entre homem e natureza, mas que perpassa também as relações humanas/sociais.


Auditório da escola: estudantes aguradavam anciosos o início do Seminário


Parabéns a toda comunidade da Escola Pão dos Pobres – professores, estudantes e direção – pelo envolvimento e pelo belo trabalho desenvolvido.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Nome da Sede

Está sendo realizada nas escolas da rede municipal de ensino a escolha do nome da sede da Remea. Como a sede tem por objetivo receber todos os projetos de Educação Ambiental de Santa Maria, decidiu-se que a “casa” deveria receber um nome mais amplo.

Para isso, contamos com a criatividade e imaginação das crianças!
Após uma pré-seleção nas escolas, o nome da sede será escolhido pelo Comitê Gestor do PROMFEA – Programa Municipal de Formação em Educação Ambiental.

A turma do estudante que tiver sua sugestão de nome aceita receberá como prêmio uma Tarde Ecológica na sede da Remea e seus arredores. Esta tarde contempla trilhas interpretativas, brincadeiras, lanches, visitas...

O resultado da escolha será divulgado no dia 10 de agosto!!!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Sede da Remea

Localização da Sede da Remea - Próximo à Barragem do DNOS

A sede da Rede Municipal de Educação Ambiental localiza-se no Bairro Itararé, na Rua Armando Ceccin – Vila Pércio Reis, antiga sede da Escola Municipal de Ensino Infantil Montanha Russa. O prédio pertence à Igreja Anglicana e foi cedido para a Remea através de comodato entre a Igreja e a Prefeitura Municipal, firmado no dia 27 de janeiro de 2010.

A preocupação e contribuição da Igreja Anglicana para a discussão ambiental no município, portanto não encerram por aí. Também através de comodato, a Igreja juntamente com a Prefeitura e com a Fundação Mo’ã, vem viabilizando a efetivação de uma Reserva Particular de Patrimônio Natural – área de 3,7 hectares - que deverá tratar de questões de preservação ambiental e conservação da diversidade biológica.

Ainda no ano de 2009, integrantes do GAIA (Grupo de Análise e Investigação Ambiental da UFSM) e da Fundação Mo’ã fizeram um mutirão de limpeza, com intuito de esclarecer a necessidade e a importância da sede para a Remea.

Ocupação da Sede - GAIA e Fundação Mo'ã (Daniel, Eliane, Eleonora, Jaciele,
Adriano e Heiner)

Mão na massa...

Porém, até o momento, pouco se pode usufruir da sede, afinal, questões básicas como a falta de energia elétrica, continuam pendentes. A sede já conta com algumas classes e cadeiras e também com um computador. Segundo informações da Secretaria de Município de Educação, haverá também uma professora cedida para a Remea, que será responsável por manter a sede aberta ao público.

Enquanto isso não acontece, os encontros da Remea dependem da boa vontade das direções das escolas e da comunidade para cederem seus espaços!

Visita às Escolas

Gostaríamos de comunicar que as tão esperadas visitas às escolas irão acontecer a partir da terceira semana do mês de agosto. Esta é apenas uma previsão de início, visto que as férias de inverno estão iniciando agora e algumas escolas só retornam dia 09/08.

As primeiras visitas serão às escolas que já participam da Remea e, posteriormente visitaremos também outras escolas com o objetivo de inseri-las ao grupo. Nesta oportunidade, pretendemos também levar algum posicionamento oficial da Secretaria de Município de Educação com relação à liberação de professores para participarem da Remea.

Abraço e Boas Férias!!!

Pedagogia da Terra

Este é o texto para o próximo encontro.
Até lá e boa leitura à tod@s!!!


Trecho extraído de “Pedagogia da Terra: Ecopedagogia e educação sustentável”
Moacir Gadotti



“Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer.
Porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura...”
Fernando Pessoa

Carta da Ecopedagogia
Em defesa de uma Pedagogia da Terra

1. Nossa Mãe Terra é um organismo vivo e em evolução. O que for feito a ela repercutirá em todos os seus filhos. Ela requer de nós uma consciência e uma cidadania planetárias, isto é, o reconhecimento de que somos parte da Terra e de que podemos perecer com a sua destruição ou podemos viver com ela em harmonia, participando do seu devir.

2. A mudança do paradigma economicista é condição necessária para estabelecer um desenvolvimento com justiça e eqüidade. Para ser sustentável, o desenvolvimento precisa ser economicamente factível, ecologicamente apropriado, socialmente justo, includente, culturalmente eqüitativo, respeitoso e sem discriminação. O bem-estar não pode ser só social; deve ser também sócio-cósmico.

3. A sustentabilidade econômica e a preservação do meio ambiente dependem também de uma consciência ecológica e esta da educação. A sustentatibilidade deve ser um princípio interdisciplinar reorientador da educação, do planejamento escolar, dos sistemas de ensino e dos projetos político-pedagógicos da escola. Os objetivos e conteúdos curriculares devem ser significativos para o(a) educando(a) e também para a saúde do planeta.

4. A ecopedagogia, fundada na consciência de que pertencemos a uma única comunidade da vida, desenvolve a solidariedade e a cidadania planetárias. A cidadania planetária supõe o reconhecimento e a prática da planetaridade, isto é, tratar o planeta como um ser vivo e inteligente. A planetaridade deve levar-nos a sentir e viver nossa cotidianidade em conexão com o universo e em relação harmônica consigo, com os outros seres do planeta e com a natureza, considerando seus elementos e dinâmica. Trata-se de uma opção de vida por uma relação saudável e equilibrada com o contexto, consigo mesmo, com os outros, com o ambiente mais próximo e com os demais ambientes.

5. A partir da problemática ambiental vivida cotidianamente pelas pessoas nos grupos e espaços de convivência e na busca humana da felicidade, processa-se a consciência ecológica e opera-se a mudança de mentalidade. A vida cotidiana é o lugar do sentido da pedagogia pois a condição humana passa inexoravelmente por ela. A ecopedagogia implica numa mudança radical de mentalidade em relação à qualidade de vida e ao meio ambiente, que está diretamente ligada ao tipo de convivência que mantemos com nós mesmos, com os outros e com a natureza.

6. A ecopedagogia não se dirige apenas aos educadores, mas a todos os cidadãos do planeta. Ela está ligada ao projeto utópico de mudança nas relações humanas, sociais e ambientais, promovendo a educação sustentável (ecoeducação) e ambiental com base no pensamento crítico e inovador, em seus modos formal, não formal e informal, tendo como propósito a formação de cidadãos com consciência local e planetária que valorizem a autodeterminação dos povos e a soberania das nações.

7. As exigências da sociedade planetária devem ser trabalhadas pedagogicamente a partir da vida cotidiana, da subjetividade, isto é, a partir das necessidades e interesses das pessoas. Educar para a cidadania planetária supõe o desenvolvimento de novas capacidades, tais como: sentir, intuir, vibrar emocionalmente; imaginar, inventar, criar e recriar; relacionar e inter-conectar-se, auto-organizar-se; informar-se, comunicar-se, expressar-se; localizar, processar e utilizar a imensa informação da aldeia global; buscar causas e prever conseqüências; criticar, avaliar, sistematizar e tomar decisões. Essas capacidades devem levar as pessoas a pensar e agir processualmente, em totalidade e transdisciplinarmente.

8. A ecopedagogia tem por finalidade reeducar o olhar das pessoas, isto é, desenvolver a atitude de observar e evitar a presença de agressões ao meio ambiente e aos viventes e o desperdício, a poluição sonora, visual, a poluição da água e do ar etc. para intervir no mundo no sentido de reeducar o habitante do planeta e reverter a cultura do descartável. Experiências cotidianas aparentemente insignificantes, como uma corrente de ar, um sopro de respiração, a água da manhã na face, fundamentam as relações consigo mesmo e com o mundo. A tomada de consciência dessa realidade é profundamente formadora. O meio ambiente forma tanto quanto ele é formado ou deformado. Precisamos de uma ecoformação para recuperarmos a consciência dessas experiências cotidianas. Na ânsia de dominar o mundo, elas correm o risco de desaparecer do nosso campo de consciência, se a relação que nos liga a ele for apenas uma relação de uso.

9. Uma educação para a cidadania planetária tem por finalidade a construção de uma cultura da sustentabilidade, isto é, uma biocultura, uma cultura da vida, da convivência harmônica entre os seres humanos e entre estes e a natureza. A cultura da sustentabilidade deve nos levar a saber selecionar o que é realmente sustentável em nossas vidas, em contato com a vida dos outros. Só assim seremos cúmplices nos processos de promoção da vida e caminharemos com sentido. Caminhar com sentido significa dar sentido ao que fazemos, compartilhar sentidos, impregnar de sentido as práticas da vida cotidiana e compreender o sem sentido de muitas outras práticas que aberta ou solapadamente tratam de impor-se e sobrepor-se a nossas vidas cotidianamente.

10. A ecopedagogia propõe uma nova forma de governabilidade diante da ingovernabilidade do gigantismo dos sistemas de ensino, propondo a descentralização e uma racionalidade baseadas na ação comunicativa, na gestão democrática, na autonomia, na participação, na ética e na diversidade cultural. Entendida dessa forma, a ecopedagogia se apresenta como uma nova pedagogia dos direitos que associa direitos humanos – econômicos, culturais, políticos e ambientais - e direitos planetários, impulsionando o resgate da cultura e da sabedoria popular. Ela desenvolve a capacidade de deslumbramento e de reverência diante da complexidade do mundo e a vinculação amorosa com a Terra.

Encontro Remea

Ontem, dia 13 de julho, a Remea concretizou mais uma etapa de seu trabalho. Com sua sede ainda em condições precárias (sem energia elétrica), os professores (as) da rede municipal de educação e integrantes da Remea, reuniram-se em um espaço cedido pela Igreja Episcopal Anglicana, no Bairro Itararé.

Neste encontro, além de informes gerais sobre o andamento da Remea, realizou-se um debate acerca das questões ambientais que vêm comprometendo “Nossa Casa”, a Terra. Para contribuir com a discussão, o Profº Adriano Figueiró apresentou aos professores (as) o Documentário “Home: O Mundo é a Nossa Casa”. Lançado em 2009, produzido pelo jornalista, fotógrafo e ambientalista francês Yann Arthus-Bertrand, o filme é inteiramente composto de imagens aéreas de vários lugares da Terra. Mostra-nos a diversidade da vida no planeta e como a humanidade está ameaçando o equilíbrio ecológico. O filme foi lançado simultaneamente ao redor do mundo em 5 de junho de 2009 nos cinemas, em DVD e no YouTube. Foi estreado em 50 países diferentes e é totalmente gratuito e sem lucros comerciais.



http://www.youtube.com/watch?v=jqxENMKaeCU

Ao fim, foi lançado um texto da autoria de Moacir Gadotti, extraído de “Pedagogia da terra: Ecopedagogia e educação sustentável” que será discutido no próximo encontro.





Professores (as) da REMEA no encontro do dia 13/07

domingo, 11 de julho de 2010

Sabão Eco-Amigável

Oficina de sabão realizada pelo GAIA na EMEF Chácara das Flores

O Sabão Artesanal Eco-Amigável é feito com óleo vegetal utilizado em cozinhas. A simples atitude de não jogar o óleo de cozinha usado direto no lixo ou no ralo da pia pode contribuir para diminuir a poluição das águas. Um litro de óleo contamina cerca de 1 milhão de litros de água, o que equivale ao consumo de uma pessoa no período de 14 anos.

RECEITA
2 litros de água
4 litros de álcool
6 litros de óleo usado
1 quilo de soda
1 quilo de sebo (gordura animal)

MODO DE PREPARO
Em um recipiente, desmanchar a soda na água;
Em outro recipiente, misturar o álcool, o óleo e o sebo derretido;
Depois, despejar a mistura de soda e água no recipiente com álcool, óleo e sebo;
Mexer bem, despejar em um recipiente, esperar secar e no tamanho e formato desejado.

OBS:
* Se desejar, coloque alguma essência ou ervas naturais na mistura.
* Tome cuidado com o preparo; utilize luvas e máscaras. A soda e o sebo quente podem causar queimaduras.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Calendário REMEA

Abaixo seguem as datas dos próximos encontros da REMEA, que serão realizados sempre às terças-feiras, 9 horas na sede do projeto, localizada no Bairro Itararé, rua Armando Cechin (antiga Creche São Paulo), s/nº.

13 de julho.
10 de agosto.
14 de setembro.
19 de outubro.
09 de novembro.

Bom trabalho a tod@s!!!

I FÓRUM ESCOLAR GUANELLIANO – Interdisciplinaridade e Participação

Aconteceu ontem, dia 06/07 o I FÓRUM ESCOLAR GUANELLIANO – Interdisciplinaridade e Participação da Escola Nossa Senhora da Providência.

O evento foi organizado por estudantes e professores do 6º ao 9º ano e teve por objetivo socializar com a comunidade as conclusões dos projetos desenvolvidos nas referidas turmas motivados pelo tema da Campanha da Fraternidade 2010:

6º ano: “Relações Solidárias, quanto custa? Temas discutidos: doação e tráfico de órgãos, estética do corpo.
7º ano: “Eco-mania: qual o preço?” Temas discutidos: Ecologia, Relações com o meio ambiente, Desafio de conviver: relações descartáveis.
8º ano: Quem quer ser um milionário? Temas: relações com a sociedade, dinheiro, poder e prazer, riqueza e pobreza, desigualdade social.
9º ano: Ainda somos os mesmos e consumimos como os nossos pais? Tema: o consumo de ontem e hoje, efeitos do consumismo, consumo consciente e sustentável.

Após as apresentações, foi aberto um debate sobre o tema “sustentabilidade”, desencadeando discussões para os próximos projetos pedagógicos a serem desenvolvidos.

A REMEA parabeniza os professores, equipe diretiva e os estudantes da Escola Providência pela atividade desenvolvida.

Folder de divulgação do Fórum

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Professores auxiliam na organização da Sede da Remea

"Mão na Massa"

O segundo encontro da Remea aconteceu no dia 11 de maio, e foi já em sua sede própria. Mesmo sem energia elétrica e com chuva, os professores estavam empolgados, como se pode perceber na foto ao lado.

A Remea já possui um computador e alguns pares de classes e cadeiras que, mesmo sendo pouco para suprir as reais necessidades, já começaram a concretizar o projeto.

Neste dia, além de todos juntos organizarmos e planejarmos o espaço, discutimos a conjuntura atual da Remea, o que vem dando certo e principalmente, o que está dificultando o desenvolver do projeto. Algumas pessoas relataram as suas participações em eventos ou reuniões que envolviam a Remea e muitas outras fizeram questionamentos.



Neste encontro, decidiu-se pela descentralização das atividades da Remea e por uma rotatividade de representantes. Pelo próximo período de 6 meses, a Professora Medianeira assume a coordenação da Remea, com o auxílio da Professora Véra Simon, como secretária.

Duas sugestões foram encaminhadas deste encontro: a primeira delas é a visita da Remea às escolas participantes da rede e, principalmente, às escolas que ainda não estão inseridas; e a segunda:convidar a comunidade local para esclarescimentos sobre a inserção da Remea no Bairro.

REMEA realiza seu primeiro encontro em 2010

O primeiro encontro de 2010 da REMEA realizou-se no dia 30 de março, na Escola Lourenço Dalla Corte, localizada no Km 3, Bairro Camobi. Participaram do encontro as escolas Pão dos Pobres, Castro Alves, Bernardino Fernandes, Lourenço Dalla Corte, Vicente Farencena, Dom Luiz Victor Sartori e Duque de Caxias.

Enquanto as reformas na sede da REMEA não são concluídas, os professores aproveitaram a oportunidade para prestigiar o belo trabalho que vem sendo realizado pela professora Andréia Rossato Branco, envolvendo a construção e o cuidado de uma fonte, a produção de uma maquete do entorno da escola, além de painéis e outros materiais construídos com o dinheiro arrecadado em um brechó organizado pela professora e os alunos.



Infelizmente, a falta de conscientização de algumas pessoas da comunidade escolar resultou em que alguns materiais produzidos pela professora junto aos alunos acabaram tendo o lixo como destino, durante o período de férias.

A proximidade com o rio Vacacaí tem aumentado os riscos para o prédio da escola, em função do avanço da erosão nas margens.

Os professores fizeram uma visita ao local e concluíram que pequenas ações unificadas entre a Secretaria de Educação e Secretaria de Proteção Ambiental podem diminuir sensivelmente o risco para esta escola, que foi ilegalmente construída dentro de
uma Área de Preservação Permanente do rio Vacacaí.

Estes dois momentos do encontro acabaram demonstrando a necessidade da educação ambiental se efetivar com toda a comunidade escolar, e não somente com as crianças/estudantes.

Não basta apenas trabalhar os projetos de EA durante as aulas, em horários definidos, é preciso compartilhá-los a todo momento, em todas as dimensões e com todos os envolvidos no processo educativo, para a partir de então, eventuais acontecimentos como o ocorrido na escola Lourenço Dalla Corte não tornem a se repetir.

Uma reclamação freqüente dos professores que compõe a REMEA tem sido a dificuldade de compatibilizar as suas atividades nas escolas com as reuniões da Rede. Questões como a falta de reconhecimento das atividades de Educação Ambiental como
atividade didática por parte dos gestores, tem dificultado a atuação dos professores. Entendendo que as atividades da REMEA não podem ser encaradas como voluntarismo, uma vez que fazem parte de uma política municipal implantada desde 2009, os
professores decidiram por convidar a secretaria de educação para discutir este assunto na próxima reunião da Rede.

REMEA participa do Dia Mundial da Água

A REMEA participou da programação da Secretaria de Município de Proteção Ambiental para o Dia Mundial da Água. Para tal, no dia 22 de março se realizou uma visita técnica aos recursos hídricos de Santa Maria, dando ênfase, principalmente, a rede de drenagem do Arroio Cadena. Nesta atividade participaram vários professores e agentes integrantes da REMEA, além de estudantes da Escola Municipal Pão dos Pobres, escolhidos pelos projetos em Educação Ambiental que desenvolvem na escola.

Instalado Programa Municipal de Formação em Educação Ambiental – PROMFEA

Assinatura do decreto número 150/2009 que institui o PROMFEA

A Prefeitura Municipal de Santa Maria instituiu no dia 13 de novembro de 2009 o Programa Municipal de Formação em Educação Ambiental - PROMFEA.

Dentre seus objetivos está a criação de condições técnicas e operacionais para institucionalização de uma Rede Municipal de Educadores Ambientais REMEA, articulando esforços e iniciativas de diferentes profissionais e instituições, que atuam no campo da Educação Ambiental, a fim de discutir e propor estratégias para a incorporação da dimensão ambiental no âmbito das políticas educacionais e territoriais do município. (Foto)


Remea: Um processo de Formação Continuada em Educação Ambiental a partir da prática docente

Apresentação

Desde 1997 a Fundação MO’Ã, Núcleo de Educação Ambiental do IBAMA, UFSM, UNIFRA e Secretarias Municipais, vem tentando articular, promover e implantar um programa de Educação Ambiental Formal em escolas da rede municipal e Não-Formal nas respectivas comunidades, originando a Comissão de Educação Ambiental no CONDEMA.

Em 2004, construiu-se uma ação: “Diagnóstico Sócio-Ambiental no Bairro Nossa Senhora do Perpétuo Socorro” – Projeto Integração, sendo parceiros, a Fundação MO’Ã, Associação Comunitária do Bairro Perpétuo Socorro, Associação de Jovens Empresários de Santa Maria, Usina Bigger Comunicações, Centro Universitário Franciscano, 8ª Coordenadoria Regional de Educação e 2ª Companhia Ambiental. Participantes destas Organizações e 65 alunos dos Cursos de Arquitetura, Engenharia Civil e Geografia da UFSM, e Engenharia Ambiental da UNIFRA aplicaram o Questionário relativo à ação e apresentaram os resultados.

Em 2006 a UFSM e a Fundação MO’Ã assinaram um convênio para oportunizar estágios para acadêmicos dos Cursos de Geografia, Engenharia Civil e Arquitetura.

Em 2007 o Grupo de Análise e Investigação Ambiental (GAIA) – Curso de Geografia e Fundação, passam a desenvolver Projetos de Educação Ambiental juntos às escolas da Zona Norte, aproveitando a construção anterior, visando discutir as relações que se projetam no espaço escolar, a partir de práticas de Educação Ambiental (EA). Estes projetos se inserem dentro de um projeto maior do Grupo de pesquisa, que se intitula “Projeto Bairro Vivo”, com o objetivo de ampliar o debate acerca dos problemas e potencialidades existentes nesta que é, contraditoriamente, a região de maior potencialidade paisagística da cidade e, ao mesmo tempo, uma das suas áreas carentes do ponto de vista sócio-econômico.

A educação ambiental não é aqui entendida como uma simples ferramenta para auxiliar no processo de conservação da natureza, mas como um poderoso instrumento de interpretação e de transformação da realidade sócio-ambiental em que vivemos. Daí a importância de enraizar a educação ambiental da escola nas questões que efetivamente são relevantes para uma melhoria da qualidade ambiental e da qualidade de vida da comunidade onde intervém o educador.

Ainda no ano de 2007, dois projetos foram desenvolvidos na Escola Municipal de Ensino Fundamental Chácara das Flores: “O diagnóstico socioambiental do bairro como contribuição à construção da agenda 21 nas escolas” (oficinas de EA com alunos) e “Oficinas de meio ambiente nas escolas: desafios à construção de práticas transversais em diferentes escalas” (oficina de formação continuada com professores). Ambos os projetos tiveram uma repercussão muito boa dentro da escola, promovendo mudanças de atitudes e aproximando a escola da realidade do bairro e da comunidade.

No ano de 2008, o segundo projeto anteriormente citado foi renovado, com a incorporação à oficina de formação continuada de professores, de aproximadamente 40 novos professores, de seis outras escolas próximas (Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Maria de Lourdes Bandeira Medina; Escola Básica Estadual Érico Veríssimo; Escola Estadual de Ensino Fundamental Antonio Xavier da Rocha; Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Walter Jobim; Escola Estadual de Ensino Fundamental João Link Sobrinho; Escola Estadual de Ensino Fundamental Perpétuo Socorro). Já o trabalho com os alunos da escola teve continuidade por meio do projeto intitulado “Cultura e história de vida como mediadores da construção do saber ambiental”, onde se procurou discutir uma proposta de uso da cultura e da história de vida de uma comunidade como instrumentos de mediação na construção do saber ambiental, a partir do espaço escolar. Dentre as atividades realizadas neste projeto, desenvolveu-se uma forma lúdica de sistematizar toda a experiência e a discussão acumulada ao longo do ano, a partir de um jogo denominado “Bairro em Jogo”, onde professores e alunos tiveram a oportunidade de se deparar com questões reais que ocorrem no bairro, discutindo e propondo alternativas de solução.

Apesar da ótima acolhida que estes projetos vêm obtendo junto às escolas da rede pública de Santa Maria, entendemos que é chegada a hora de pensarmos em um processo mais permanente de Formação Continuada, capaz de qualificar um grupo de educadores(as) ambientais que sirvam como dinamizadores dos projetos de Educação Ambiental nas suas respectivas escolas, dando capilaridade e potencializando os esforços do núcleo formador.

Assim, para o ano de 2009, a parceria que o grupo GAIA e a Fundação Mo’ã propõem à Secretaria Municipal de Educação (SMED), à Secretaria de Município de Proteção Ambiental (SMPA) e ao Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Santa Maria (CONDEMA), é a da realização de uma oficina de Educação Ambiental de 60h, que sirva como impulsionadora de uma Rede Municipal Permanente de Educadores(as) Ambientais, discutindo, criando e aplicando uma Agenda Ambiental sustentável para a Santa Maria do Século XXI.


Objetivos da rede

Desenvolver uma oficina de capacitação de Formadores em Educação Ambiental com professores da rede pública municipal de Santa Maria, com vistas à criação de uma Rede Municipal Permanente de Educadores(as) Ambientais, que possa alimentar, divulgar e assessorar os projetos de EA nas escolas do município.

Selecionar um grupo de professores do quadro da rede municipal de ensino, dispostos a se envolver em um processo de formação para criar e fomentar projetos de EA nas escolas municipais;

Permitir, por meio de uma formação teórico-metodológica qualificada, que os professores selecionados consigam refletir e propor alternativas pedagógicas para o enfrentamento das questões sócio-ambientais vividas pela comunidade escolar;

Estimular a criação de instrumentos pedagógicos de Educação Ambiental para o trabalho nas escolas, adaptados à realidade sócio-ambiental da comunidade na qual a escola está inserida;

Divulgar os resultados alcançados nesta oficina em um evento a ser promovido pelos parceiros deste projeto, no final do ano, intitulado “Jornada Santamariense de Educação Ambiental”;

A partir da realização da Oficina e da Jornada de Educação Ambiental, discutir a criação e o formato de uma Rede Municipal Permanente de Educadores(as) Ambientais, vinculada ao Núcleo de Educação Ambiental da Secretaria de Município de Proteção Ambiental (SMPA), com apoio da Câmara Técnica de Educação Ambiental do CONDEMA.


Metodologia proposta

Todo o desenvolvimento do projeto deverá levar em conta uma necessária dialogicidade, onde os problemas, as propostas e as atividades deverão ser debatidas e decididas coletivamente, através de um diálogo estabelecido abertamente com os educadores envolvidos, tornando a (re)construção do Saber Ambiental algo proposto e não imposto.

Estima-se alcançar, neste primeiro momento, um grupo entre 20 e 40 educadores (representantes de igual número de escolas municipais), envolvendo 10 encontros presenciais (quinzenais, com aproximadamente 4 h cada) entre os meses de julho e novembro.

Neste sentido, é fundamental que a Secretaria Municipal de Educação e as direções das escolas envolvidas, possam garantir a participação destes professores, liberando-os dos encargos didáticos nos momentos dos encontros presenciais.

Estes momentos presenciais, somados ao trabalho que os educadores desenvolverão nas suas respectivas escolas ao longo do ano, nos permitirá emitir um certificado de 60 horas de Formação Continuada. Mas, mais do que isso, a qualificação destes educadores permitirá ao município contar com um grupo de educadores(as) ambientais capaz de pensar e propor alternativas pedagógicas a partir das diferentes realidades escolares que evidenciamos nas escolas de Santa Maria.

Nestes encontros, serão discutidas as seguintes temáticas:

• A crise ambiental como conseqüência da crise civilizatória;
• A Educação Ambiental e o desafio da sustentabilidade na visão “global”;
• O bairro, a cidade e a natureza: redefinindo questões para a melhoria da qualidade ambiental e da qualidade de vida em Santa Maria;
• A Educação Ambiental como ferramenta para o desenvolvimento comunitário;
• Entre o formal e a prática: espaços e conflitos da Educação Ambiental na escola;
• Subsídios para a criação de projetos de Educação Ambiental na escola;
• A construção de instrumentos pedagógicos interdisciplinares nos projetos de Educação Ambiental;
• Educação Ambiental em Rede: articulando ações para a construção de um Município Educador Sustentável.

Todos estes temas serão desenvolvidos a partir de reflexões coletivas, explanações teórico-conceituais, estudos de caso, discussão de textos e atividades práticas que permitam unir a qualificação teórica com a experiência prática do grupo de formadores, em projetos já desenvolvidos anteriormente, tal como pode ser visto na figura acima.

Entre um encontro presencial e outro, os educadores deverão desenvolver algumas atividades previamente acordadas, buscando dar início às práticas de Educação Ambiental dentro das suas respectivas escolas. Para poder acompanhar e dar suporte à realização destas atividades, é fundamental que o projeto possa contar com a colaboração de três alunos bolsistas, que ficarão responsáveis pela visita às escolas e pelo contato com os professores.

Durante este processo, deverá haver um registro constante das práticas criadas e desenvolvidas nas escolas, seja sob a forma de documentos e materiais produzidos, seja sob a forma de fotografias, gravações e/ou filmagens.