sábado, 24 de julho de 2010

Escola Pão dos Pobres

III Seminário de Educação Ambiental: da teoria à prática

Nos dias 22 e 23 de julho, estudantes do 9º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental “Pão dos Pobres Santo Antônio”, sob a orientação das professoras Medianeira Garcia e Núbia Witt, realizaram o III Seminário de Educação Ambiental: da teoria à prática. Além de contar com a presença do Secretário de Município de Proteção Ambiental, do Profº Drº Adriano Severo Figueiró, da UFSM e do Batalhão Ambiental, o seminário envolveu apresentações artísticas dos estudantes das séries iniciais e principalmente, a apresentação das pesquisas realizadas pelos estudantes do 9º ano. Tais pesquisas envolveram várias temáticas relacionadas à educação ambiental e à melhoria da qualidade de vida, como:

- Mudanças Climáticas: Não era problema seu? Agora é!
- Energias: em foco a energia solar
- Destino do lixo: em foco Santa Maria
- Vida para o Arroio Cadena
- Animais bem tratados
- Analfabetismo Funcional
- Barulho de mais: saúde de menos
- Adolescência saudável

Apresentação dos estudantes sobre o tema: Vida para o Arroio Cadena



Palestra com o tema "Experiências de Educação Ambiental no âmbito escolar: projetos e transformação social"


De acordo com as coordenadoras, os temas são escolhidos pelos estudantes, estimulados por sua curiosidade e criatividade em pesquisar e apresentar os mais variados assuntos. O sucesso do Seminário pôde ser percebido pela quantidade de estudantes que presenciaram as apresentações. Com o auditório da escola lotado, além de demonstrar e explanar sobre o tema escolhido e compartilhar o conhecimento adquirido, os estudantes eram desafiados a falar em público, perante seus colegas do 8º ano e visitantes de outras escolas e instituições. Além destas, outras aprendizagens puderam ser observadas nesse processo, como por exemplo, o trabalho em grupo/coletivo, a seleção do conteúdo pesquisado para montagem da apresentação e, principalmente, a compreensão de que a educação ambiental vai além das relações diretas entre homem e natureza, mas que perpassa também as relações humanas/sociais.


Auditório da escola: estudantes aguradavam anciosos o início do Seminário


Parabéns a toda comunidade da Escola Pão dos Pobres – professores, estudantes e direção – pelo envolvimento e pelo belo trabalho desenvolvido.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Nome da Sede

Está sendo realizada nas escolas da rede municipal de ensino a escolha do nome da sede da Remea. Como a sede tem por objetivo receber todos os projetos de Educação Ambiental de Santa Maria, decidiu-se que a “casa” deveria receber um nome mais amplo.

Para isso, contamos com a criatividade e imaginação das crianças!
Após uma pré-seleção nas escolas, o nome da sede será escolhido pelo Comitê Gestor do PROMFEA – Programa Municipal de Formação em Educação Ambiental.

A turma do estudante que tiver sua sugestão de nome aceita receberá como prêmio uma Tarde Ecológica na sede da Remea e seus arredores. Esta tarde contempla trilhas interpretativas, brincadeiras, lanches, visitas...

O resultado da escolha será divulgado no dia 10 de agosto!!!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Sede da Remea

Localização da Sede da Remea - Próximo à Barragem do DNOS

A sede da Rede Municipal de Educação Ambiental localiza-se no Bairro Itararé, na Rua Armando Ceccin – Vila Pércio Reis, antiga sede da Escola Municipal de Ensino Infantil Montanha Russa. O prédio pertence à Igreja Anglicana e foi cedido para a Remea através de comodato entre a Igreja e a Prefeitura Municipal, firmado no dia 27 de janeiro de 2010.

A preocupação e contribuição da Igreja Anglicana para a discussão ambiental no município, portanto não encerram por aí. Também através de comodato, a Igreja juntamente com a Prefeitura e com a Fundação Mo’ã, vem viabilizando a efetivação de uma Reserva Particular de Patrimônio Natural – área de 3,7 hectares - que deverá tratar de questões de preservação ambiental e conservação da diversidade biológica.

Ainda no ano de 2009, integrantes do GAIA (Grupo de Análise e Investigação Ambiental da UFSM) e da Fundação Mo’ã fizeram um mutirão de limpeza, com intuito de esclarecer a necessidade e a importância da sede para a Remea.

Ocupação da Sede - GAIA e Fundação Mo'ã (Daniel, Eliane, Eleonora, Jaciele,
Adriano e Heiner)

Mão na massa...

Porém, até o momento, pouco se pode usufruir da sede, afinal, questões básicas como a falta de energia elétrica, continuam pendentes. A sede já conta com algumas classes e cadeiras e também com um computador. Segundo informações da Secretaria de Município de Educação, haverá também uma professora cedida para a Remea, que será responsável por manter a sede aberta ao público.

Enquanto isso não acontece, os encontros da Remea dependem da boa vontade das direções das escolas e da comunidade para cederem seus espaços!

Visita às Escolas

Gostaríamos de comunicar que as tão esperadas visitas às escolas irão acontecer a partir da terceira semana do mês de agosto. Esta é apenas uma previsão de início, visto que as férias de inverno estão iniciando agora e algumas escolas só retornam dia 09/08.

As primeiras visitas serão às escolas que já participam da Remea e, posteriormente visitaremos também outras escolas com o objetivo de inseri-las ao grupo. Nesta oportunidade, pretendemos também levar algum posicionamento oficial da Secretaria de Município de Educação com relação à liberação de professores para participarem da Remea.

Abraço e Boas Férias!!!

Pedagogia da Terra

Este é o texto para o próximo encontro.
Até lá e boa leitura à tod@s!!!


Trecho extraído de “Pedagogia da Terra: Ecopedagogia e educação sustentável”
Moacir Gadotti



“Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer.
Porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura...”
Fernando Pessoa

Carta da Ecopedagogia
Em defesa de uma Pedagogia da Terra

1. Nossa Mãe Terra é um organismo vivo e em evolução. O que for feito a ela repercutirá em todos os seus filhos. Ela requer de nós uma consciência e uma cidadania planetárias, isto é, o reconhecimento de que somos parte da Terra e de que podemos perecer com a sua destruição ou podemos viver com ela em harmonia, participando do seu devir.

2. A mudança do paradigma economicista é condição necessária para estabelecer um desenvolvimento com justiça e eqüidade. Para ser sustentável, o desenvolvimento precisa ser economicamente factível, ecologicamente apropriado, socialmente justo, includente, culturalmente eqüitativo, respeitoso e sem discriminação. O bem-estar não pode ser só social; deve ser também sócio-cósmico.

3. A sustentabilidade econômica e a preservação do meio ambiente dependem também de uma consciência ecológica e esta da educação. A sustentatibilidade deve ser um princípio interdisciplinar reorientador da educação, do planejamento escolar, dos sistemas de ensino e dos projetos político-pedagógicos da escola. Os objetivos e conteúdos curriculares devem ser significativos para o(a) educando(a) e também para a saúde do planeta.

4. A ecopedagogia, fundada na consciência de que pertencemos a uma única comunidade da vida, desenvolve a solidariedade e a cidadania planetárias. A cidadania planetária supõe o reconhecimento e a prática da planetaridade, isto é, tratar o planeta como um ser vivo e inteligente. A planetaridade deve levar-nos a sentir e viver nossa cotidianidade em conexão com o universo e em relação harmônica consigo, com os outros seres do planeta e com a natureza, considerando seus elementos e dinâmica. Trata-se de uma opção de vida por uma relação saudável e equilibrada com o contexto, consigo mesmo, com os outros, com o ambiente mais próximo e com os demais ambientes.

5. A partir da problemática ambiental vivida cotidianamente pelas pessoas nos grupos e espaços de convivência e na busca humana da felicidade, processa-se a consciência ecológica e opera-se a mudança de mentalidade. A vida cotidiana é o lugar do sentido da pedagogia pois a condição humana passa inexoravelmente por ela. A ecopedagogia implica numa mudança radical de mentalidade em relação à qualidade de vida e ao meio ambiente, que está diretamente ligada ao tipo de convivência que mantemos com nós mesmos, com os outros e com a natureza.

6. A ecopedagogia não se dirige apenas aos educadores, mas a todos os cidadãos do planeta. Ela está ligada ao projeto utópico de mudança nas relações humanas, sociais e ambientais, promovendo a educação sustentável (ecoeducação) e ambiental com base no pensamento crítico e inovador, em seus modos formal, não formal e informal, tendo como propósito a formação de cidadãos com consciência local e planetária que valorizem a autodeterminação dos povos e a soberania das nações.

7. As exigências da sociedade planetária devem ser trabalhadas pedagogicamente a partir da vida cotidiana, da subjetividade, isto é, a partir das necessidades e interesses das pessoas. Educar para a cidadania planetária supõe o desenvolvimento de novas capacidades, tais como: sentir, intuir, vibrar emocionalmente; imaginar, inventar, criar e recriar; relacionar e inter-conectar-se, auto-organizar-se; informar-se, comunicar-se, expressar-se; localizar, processar e utilizar a imensa informação da aldeia global; buscar causas e prever conseqüências; criticar, avaliar, sistematizar e tomar decisões. Essas capacidades devem levar as pessoas a pensar e agir processualmente, em totalidade e transdisciplinarmente.

8. A ecopedagogia tem por finalidade reeducar o olhar das pessoas, isto é, desenvolver a atitude de observar e evitar a presença de agressões ao meio ambiente e aos viventes e o desperdício, a poluição sonora, visual, a poluição da água e do ar etc. para intervir no mundo no sentido de reeducar o habitante do planeta e reverter a cultura do descartável. Experiências cotidianas aparentemente insignificantes, como uma corrente de ar, um sopro de respiração, a água da manhã na face, fundamentam as relações consigo mesmo e com o mundo. A tomada de consciência dessa realidade é profundamente formadora. O meio ambiente forma tanto quanto ele é formado ou deformado. Precisamos de uma ecoformação para recuperarmos a consciência dessas experiências cotidianas. Na ânsia de dominar o mundo, elas correm o risco de desaparecer do nosso campo de consciência, se a relação que nos liga a ele for apenas uma relação de uso.

9. Uma educação para a cidadania planetária tem por finalidade a construção de uma cultura da sustentabilidade, isto é, uma biocultura, uma cultura da vida, da convivência harmônica entre os seres humanos e entre estes e a natureza. A cultura da sustentabilidade deve nos levar a saber selecionar o que é realmente sustentável em nossas vidas, em contato com a vida dos outros. Só assim seremos cúmplices nos processos de promoção da vida e caminharemos com sentido. Caminhar com sentido significa dar sentido ao que fazemos, compartilhar sentidos, impregnar de sentido as práticas da vida cotidiana e compreender o sem sentido de muitas outras práticas que aberta ou solapadamente tratam de impor-se e sobrepor-se a nossas vidas cotidianamente.

10. A ecopedagogia propõe uma nova forma de governabilidade diante da ingovernabilidade do gigantismo dos sistemas de ensino, propondo a descentralização e uma racionalidade baseadas na ação comunicativa, na gestão democrática, na autonomia, na participação, na ética e na diversidade cultural. Entendida dessa forma, a ecopedagogia se apresenta como uma nova pedagogia dos direitos que associa direitos humanos – econômicos, culturais, políticos e ambientais - e direitos planetários, impulsionando o resgate da cultura e da sabedoria popular. Ela desenvolve a capacidade de deslumbramento e de reverência diante da complexidade do mundo e a vinculação amorosa com a Terra.

Encontro Remea

Ontem, dia 13 de julho, a Remea concretizou mais uma etapa de seu trabalho. Com sua sede ainda em condições precárias (sem energia elétrica), os professores (as) da rede municipal de educação e integrantes da Remea, reuniram-se em um espaço cedido pela Igreja Episcopal Anglicana, no Bairro Itararé.

Neste encontro, além de informes gerais sobre o andamento da Remea, realizou-se um debate acerca das questões ambientais que vêm comprometendo “Nossa Casa”, a Terra. Para contribuir com a discussão, o Profº Adriano Figueiró apresentou aos professores (as) o Documentário “Home: O Mundo é a Nossa Casa”. Lançado em 2009, produzido pelo jornalista, fotógrafo e ambientalista francês Yann Arthus-Bertrand, o filme é inteiramente composto de imagens aéreas de vários lugares da Terra. Mostra-nos a diversidade da vida no planeta e como a humanidade está ameaçando o equilíbrio ecológico. O filme foi lançado simultaneamente ao redor do mundo em 5 de junho de 2009 nos cinemas, em DVD e no YouTube. Foi estreado em 50 países diferentes e é totalmente gratuito e sem lucros comerciais.



http://www.youtube.com/watch?v=jqxENMKaeCU

Ao fim, foi lançado um texto da autoria de Moacir Gadotti, extraído de “Pedagogia da terra: Ecopedagogia e educação sustentável” que será discutido no próximo encontro.





Professores (as) da REMEA no encontro do dia 13/07

domingo, 11 de julho de 2010

Sabão Eco-Amigável

Oficina de sabão realizada pelo GAIA na EMEF Chácara das Flores

O Sabão Artesanal Eco-Amigável é feito com óleo vegetal utilizado em cozinhas. A simples atitude de não jogar o óleo de cozinha usado direto no lixo ou no ralo da pia pode contribuir para diminuir a poluição das águas. Um litro de óleo contamina cerca de 1 milhão de litros de água, o que equivale ao consumo de uma pessoa no período de 14 anos.

RECEITA
2 litros de água
4 litros de álcool
6 litros de óleo usado
1 quilo de soda
1 quilo de sebo (gordura animal)

MODO DE PREPARO
Em um recipiente, desmanchar a soda na água;
Em outro recipiente, misturar o álcool, o óleo e o sebo derretido;
Depois, despejar a mistura de soda e água no recipiente com álcool, óleo e sebo;
Mexer bem, despejar em um recipiente, esperar secar e no tamanho e formato desejado.

OBS:
* Se desejar, coloque alguma essência ou ervas naturais na mistura.
* Tome cuidado com o preparo; utilize luvas e máscaras. A soda e o sebo quente podem causar queimaduras.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Calendário REMEA

Abaixo seguem as datas dos próximos encontros da REMEA, que serão realizados sempre às terças-feiras, 9 horas na sede do projeto, localizada no Bairro Itararé, rua Armando Cechin (antiga Creche São Paulo), s/nº.

13 de julho.
10 de agosto.
14 de setembro.
19 de outubro.
09 de novembro.

Bom trabalho a tod@s!!!

I FÓRUM ESCOLAR GUANELLIANO – Interdisciplinaridade e Participação

Aconteceu ontem, dia 06/07 o I FÓRUM ESCOLAR GUANELLIANO – Interdisciplinaridade e Participação da Escola Nossa Senhora da Providência.

O evento foi organizado por estudantes e professores do 6º ao 9º ano e teve por objetivo socializar com a comunidade as conclusões dos projetos desenvolvidos nas referidas turmas motivados pelo tema da Campanha da Fraternidade 2010:

6º ano: “Relações Solidárias, quanto custa? Temas discutidos: doação e tráfico de órgãos, estética do corpo.
7º ano: “Eco-mania: qual o preço?” Temas discutidos: Ecologia, Relações com o meio ambiente, Desafio de conviver: relações descartáveis.
8º ano: Quem quer ser um milionário? Temas: relações com a sociedade, dinheiro, poder e prazer, riqueza e pobreza, desigualdade social.
9º ano: Ainda somos os mesmos e consumimos como os nossos pais? Tema: o consumo de ontem e hoje, efeitos do consumismo, consumo consciente e sustentável.

Após as apresentações, foi aberto um debate sobre o tema “sustentabilidade”, desencadeando discussões para os próximos projetos pedagógicos a serem desenvolvidos.

A REMEA parabeniza os professores, equipe diretiva e os estudantes da Escola Providência pela atividade desenvolvida.

Folder de divulgação do Fórum