terça-feira, 31 de agosto de 2010

"Minha garrafa, minha vida!"

Sabe aquelas garrafas de cerveja ou refrigerante que normalmente não ganham um destino certo e acabam poluindo o meio-ambiente?
Então, pensando nisso que a ONG EcoTec, localizada em Honduras elaborou um interessantíssimo projeto, o de construir casas utilizando garrafas descartadas.

Aos poucos a idéia foi se propagando e hoje já existem diversas edificações com vedações em garrafas PET e também de vidro, como garrafas de cerveja e vinho.

As fotos a seguir são de uma casa em Warnes, na Bolívia. "A organização comandada pelo alemão Andreas Froese além de construir obras de moradia e infra-estrutura, faz um trabalho de capacitação nas comunidades onde atua." Ao que parece, a estrutura é autônoma convencional de concreto e as instalações passam pelo reboco. Esquadrias comumente aplicadas, assim como os revestimentos. Uma iniciativa bacana, que deveria ser utilizada com mais frequência.




















A iniciativa é inovadora, mas a técnica já é antiga e dominada em várias partes do mundo. Abaixo uma casa na Sérvia também construída de garrafas plásticas e uma casa americana construída em 1905, usando 51 mil garrafas de cerveja (de vidro).


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Encontro REMEA

No último dia 10 foi realizado mais um encontro da REMEA. Este se realizou novamente na sede da Igreja São Paulo em função de ainda não haver energia elétrica na sede da Remea.
Conforme havia sido combinado no mês de julho, o encontro do mês de agosto seria destinado à discussão do texto: “Pedagogia da Terra: Ecopedagogia e educação sustentável”.

Além disso, sentiu-se a necessidade de conhecer melhor a área do entorno da sede, a comunidade na qual a Remea está inserida, fisicamente, pode-se assim dizer. Para tal, a Professora Drª Eliane Foleto, do Departamento de Geociências da UFSM apresentou um pouco da história do lugar, desde o Parque da Montanha Russa até a situação atual da Barragem do DNOS. Apresentou também alguns resultados obtidos nas pesquisas dos estudantes do curso de Geografia-UFSM, disciplina de Planejamento Ambiental, 2º sem. 2009, que aplicaram questionários socioeconômicos nas comunidades Pércio Reis, Burgüer e Nossa Srª Aparecida.

Com relação a história do Parque da Montanha Russa, ressalta-se que em 1909 o imigrante italiano, Wenceslau Sfoggia, o idealizou, realizando assim seu maior sonho, construir a mais formosa área de lazer da Boca do Monte, a leste do Bairro Itararé.



O parque era composto basicamente de um bosque com um lago artificial de cerca de 100m de comprimento por 60 de largura, com pequenas ilhas, dotadas de mesinhas e bancos, chamadas de “Quiosque dos Namorados”.



“..., o caminho de acesso a Montanha Russa , era talvez o maior encanto. Uma picada larga na mata espessa, com algumas clareiras de lagos naturais, a passagem pelo vacacaí-mirim, com sua pontesinha rústica. Só aquela travessia em plena floresta, dilatava os pulmões e renovava a vida.”

“Pois bem, da ponte seca ao vacacaí-mirim, tudo aquilo me pertence. Doei o mato a prefeitura para conservá-lo como Parque Público, mas não houve nenhuma manifestação de interesse. Mãos criminosas estão destroçando tudo, estou velho e resolvi não mais me incomodar. Quero vender tudo aquilo.” Relatos extraídos do livro “Santa Maria: relatos e impressões de viagem.” de José Newton Marchiori e Valter Noal Filho, publicados no Jornal A Razão 08/06/2007.

Afonsinha de Moraes proprietária da área marcara um prazo para execução da obra. Na época do centenário a cidade fora contaminada de um entusiasmo quase doentio. Seria o Parque Centenário. Decorreram anos sem que a Prefeitura demonstrasse interesse. Mãos desnaturados começaram a invadir e derrubar aquelas árvores sagradas.

Em 1961 foi concluído o projeto da barragem e em 1968 a Prefeitura desapropriou a área. Quatro anos depois o local estava inundado palas águas da Barragem do DNOS.
“Quando eu fui a Montanha Russa pela primeira vez fiquei tonto. Aquilo era um mundo, para mim, irreal. Aquela multidão de gente. Aquelas madames, aquelas mulheres todas com vestido comprido. Todas de chapéu como recomendava a moda... Eu ficava besta olhando aquilo tudo.” relembra Antônio Isaia, 88 anos, que freqüentava o lugar ajudando seu pai, o fotógrafo Salvador Isaia. A Razão 08/06/2007



Através deste resgate histórico e de algumas discussões percebidas e vividas na comunidade, é possível afirmar que o grupo de professores sente-se um pouco mais a vontade e confiante para dialogar com a comunidade local e convidá-la para participar da REMEA.

Atividades envolvendo as comunidades próximas já estão sendo pensadas e articuladas pelo grupo, tendo em vista principalmente a necessidade de parceria e trabalho coletivo com os moradores, prática essencial para o desenvolvimento de ações ambientais efetivas.

O grupo está se organizando também para o desfile de 7 de setembro, no qual a REMEA será apresentada como um projeto da Secretaria de Município de Educação e as escolas integrantes da rede demonstrarão suas atividades/projetos.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

E. M. Bernardino Fernandes

SEMANA DO MEIO AMBIENTE – ESCOLA MUNICIPAL BERNARDINO FERNANDES

REPENSANDO O LUGAR ONDE VIVEMOS

A escola trabalhou a Semana do Meio Ambiente com ajuda das professoras Sandra(Ciências), Cleone (Geografia)e o estagiário Everton que traballhou com o 8º ano, desenvolvendo uma palestra sobre a Preservação do Meio Ambiente.
Este foi um trabalho interdisciplinar.
As atividades foram:

- Apresentações de maquetes;
- Leitura de redações;
- Apresentações de cartazes;
- Elaboração e exposição do trabalho de agrotóxicos;
- Apresentação de casinhas de passarinho;

Convidados especiais falaram sobre água e agrotóxicos, temas escolhidos pelos alunos;
As atividades desenvolvidas contribuiram na conscientização de que devemos proteger o meio ambiente, afirmam os professores.

Para finalizar as atividades ocorreu uma grande mesa de debates que contou com a participação dos alunos, professores e convidados da comunidade que também vieram expor sua opinião sobre os problemas enfrentados na localidade: Sidônia Santini, Rosane Fernandes e Ironi Cevero.

Esperamos que o trabalho renda frutos significativos e ações práticas.

O meio agradecerá!!

(texto encaminhado para a REMEA pelo professor Artur Giovani da Silva Alves)

sábado, 24 de julho de 2010

Escola Pão dos Pobres

III Seminário de Educação Ambiental: da teoria à prática

Nos dias 22 e 23 de julho, estudantes do 9º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental “Pão dos Pobres Santo Antônio”, sob a orientação das professoras Medianeira Garcia e Núbia Witt, realizaram o III Seminário de Educação Ambiental: da teoria à prática. Além de contar com a presença do Secretário de Município de Proteção Ambiental, do Profº Drº Adriano Severo Figueiró, da UFSM e do Batalhão Ambiental, o seminário envolveu apresentações artísticas dos estudantes das séries iniciais e principalmente, a apresentação das pesquisas realizadas pelos estudantes do 9º ano. Tais pesquisas envolveram várias temáticas relacionadas à educação ambiental e à melhoria da qualidade de vida, como:

- Mudanças Climáticas: Não era problema seu? Agora é!
- Energias: em foco a energia solar
- Destino do lixo: em foco Santa Maria
- Vida para o Arroio Cadena
- Animais bem tratados
- Analfabetismo Funcional
- Barulho de mais: saúde de menos
- Adolescência saudável

Apresentação dos estudantes sobre o tema: Vida para o Arroio Cadena



Palestra com o tema "Experiências de Educação Ambiental no âmbito escolar: projetos e transformação social"


De acordo com as coordenadoras, os temas são escolhidos pelos estudantes, estimulados por sua curiosidade e criatividade em pesquisar e apresentar os mais variados assuntos. O sucesso do Seminário pôde ser percebido pela quantidade de estudantes que presenciaram as apresentações. Com o auditório da escola lotado, além de demonstrar e explanar sobre o tema escolhido e compartilhar o conhecimento adquirido, os estudantes eram desafiados a falar em público, perante seus colegas do 8º ano e visitantes de outras escolas e instituições. Além destas, outras aprendizagens puderam ser observadas nesse processo, como por exemplo, o trabalho em grupo/coletivo, a seleção do conteúdo pesquisado para montagem da apresentação e, principalmente, a compreensão de que a educação ambiental vai além das relações diretas entre homem e natureza, mas que perpassa também as relações humanas/sociais.


Auditório da escola: estudantes aguradavam anciosos o início do Seminário


Parabéns a toda comunidade da Escola Pão dos Pobres – professores, estudantes e direção – pelo envolvimento e pelo belo trabalho desenvolvido.